Return To Play – O Regresso à Atividade Desportiva
Critérios de Retorno
Segundo a FIFA, os fatores em consideração para o regresso à atividade desportiva incluem (FIFA, 2017):
- Para garantir um diagnóstico preciso, consideramos os achados da utilização de meios complementares e o diagnóstico clínico;
- O processo de retoma pode ser individualizado com base não apenas no tipo e localização da lesão, mas também na posição do jogador no campo e outras características/especificidades individuais.
De acordo com estes fatores, a FIFA sugere os seguinte critérios para a orientação do processo de retorno (FIFA, 2017):
- Quanto ao tipo e local da lesão, é obrigatório seguir o tempo biológico de progressão da estrutura;
- Para retornar ao futebol, não deve haver sintomas clínicos e um teste estático e dinâmico de ecografia que demonstre cicatrização de tecido de boa qualidade;
- A força excêntrica altamente explosiva deve ser demonstrada de forma específica ao desporto e mecanismo de lesão. Por exemplo, que o teste H de Askling seria apropriado para uma lesão de tipo alongamento, enquanto que a corrida de alta velocidade sem sintomas pode ser apropriada para uma lesão de tipo sprint;
- Trabalho de core e propriocepção durante a recuperação até atingir as habilidades objetivas relevantes é vital (normalmente, pelo menos 70% do tempo de reabilitação);
- Normalmente, é feita uma avaliação GPS – para que seja permitido o regresso deve existir um balanço normal, parâmetros normalizados, sem sintomas específico e picos de velocidade individualizados (idealmente derivados de dados de correspondência pré-lesão existentes). Por exemplo, um atleta deve ser capaz de correr> 21 km/h sem sintomas, acelerar em 3-4 m/s2 e ter uma tolerância total à travagem/desaceleração.
- O jogador deve, idealmente, participar pelo menos em 5-6 sessões de treino normais com a equipa (tipicamente 3 dias com treinos bi-diários) com parâmetros GPS comparando favoravelmente com dados prévios à lesão.
Um dos objetivos principais de um programa de reabilitação é a prevenção de recidivas da lesão. Os primeiros jogos ou competições após regressar de lesão ainda fazem parte desse mesmo processo. O atleta deve adquirir e demonstrar, progressivamente, o rendimento necessário para o regresso à atividade desportiva. Quando é possível, deve sugerir-se um regresso gradual, com o atleta a atuar com tempo limitado de jogo. Este tempo evoluirá consoante o rendimento e melhorias demonstradas em contexto de treino e pode também ser influenciado por fatores externos (próximos jogos no calendário, fase da temporada, etc.). (FIFA, 2017)
Como foi descrito na publicação anterior, deixamos o resumo geral e resultados do artigo publicado no British Journal of Sports Medicine, relativamente às lesões mais comuns encontradas em equipas europeias de futebol profissional (Noura, 2020):
Autor
André Ferreira – Fisioterapeuta Lic., Mestre em Terapia Manual Ortopédica
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