O que é?

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é caraterizada por uma obstrução progressiva das vias aéreas, associada a uma resposta inflamatória do aparelho respiratório, com repercussões sistémicas. Segundo o Serviço Nacional de Saúde, afeta cerca de 14% dos portugueses com idade superior a 40 anos, em particular fumadores. É uma doença que constitui uma das principais causas de diminuição da qualidade de vida e de mortalidade a nível mundial.

Quais são os fatores de risco para a DPOC?

– tabaco (responsável por 80 a 90% dos casos);
– exposição a gases, poeiras ou produtos químicos poluentes;
– desenvolvimento anormal do pulmão;
– envelhecimento acelerado;
– deficiência de alfa 1-antitripsina (rara).

A idade e o género masculino são fatores predominantes, isto é, normalmente surge em idades tardias (acima dos 40 anos) e nos homens.

Como se manifesta?

Os sintomas surgem lentamente e pioram de forma gradual e progressiva, sobretudo se o doente continuar a fumar. Os principais sintomas são:
– dificuldade em respirar durante o esforço;
– tosse crónica;
– expetoração;
– pieira;
– sensação de aperto torácico;
– cansaço;
– limitação na realização de atividades da vida diária (p. ex. tomar
duche ou subir escadas);
– limitação para o exercício físico.

Como prevenir?

A DPOC não tem cura, mas pode ser prevenida e tratada. Uma vez que esta doença se encontra intimamente relacionada com o tabagismo, a melhor forma de prevenção é nunca fumar ou deixar de o fazer o mais rapidamente possível, de forma a reduzir o declínio da função pulmonar e o risco de infeção. Outra medida importante é utilizar máscaras, caso a profissão obrigue a exposição a poeiras, fumos e agentes químicos.

Intervenção em Fisioterapia

A fisioterapia respiratória recorre a diversas técnicas que auxiliam na remoção de secreções expetoração, no controlo da respiração e na expansão pulmonar e torácica. Além destas técnicas, é dado enfoque ao exercício clínico (aeróbio, flexibilidade e força). Esta intervenção tem como objetivo controlar os sintomas da doença, melhorar as trocas gasosas, remover as secreções, aumentar a tolerância para o exercício e atividades de vida diária e prevenir infeções respiratórias. Permite, ainda, devolver alguma qualidade de vida aos doentes, com vista a recuperar a sua capacidade funcional e promover a sua reintegração social e/ou profissional. Se tem o diagnóstico de DPOC, a Clínica do Movimento integra no seu corpo clínico fisioterapeutas que o podem ajudar.

Fontes:
– Sociedade Portuguesa de Pneumologia;
– Fundação Portuguesa do Pulmão;
– Hospital de Santa Maria (Porto);
– Unidade Local de Saúde de Matosinhos;
– CUF;
– Hospital da Luz;
– Médis.

Autora : Joana Coutinho – Fisioterapeuta Lic., Pós-graduada em Fisioterapia Neurológica

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