No Dia Mundial da Pneumonia, relembramos que esta é uma das principais causas de hospitalização e mortalidade em Portugal.

O que é?

 A pneumonia é uma inflamação nos pulmões, mais precisamente no parênquima pulmonar, local onde ocorrem as trocas gasosas indispensáveis à vida. Os alvéolos e os bronquíolos respiratórios, que aí se localizam, ficam preenchidos com o líquido resultante dessa inflamação, não sendo capazes de realizar as trocas gasosas e reduzindo a elasticidade do pulmão devido à consolidação das zonas do parênquima, o que provoca dificuldade respiratória.

Grupos de risco

  • Pessoas acima dos 65 anos;
  • Crianças muito novas;
  • Portadores de doença crónica como diabetes, neoplasia, doença pulmonar obstrutiva crónica, doença cardiovascular, doença neurológica, insuficiência renal ou hepática;
  • Fumadores e pessoas com dependência de álcool e drogas;
  • Pessoas que residem em lares ou casas de repouso e os doentes com internamento hospitalar prévio.

A poluição e os espaços densamente habitados são também fatores de risco.

Causas

A pneumonia é causada pela penetração de agentes infeciosos no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa, através de via aérea. A maior parte é adquirida através da aspiração de bactérias que existem normalmente na parte superior da nasofaringe e se tornam agressivas em determinadas condições. Pode também surgir através de inalação de gotículas infetadas provenientes de outros doentes, como no caso das pneumonias virais.

Sintomas

 O sintoma mais comum de pneumonia é a tosse com expetoração (muco espesso ou com coloração alterada). Outros sintomas comuns de pneumonia incluem dor no peito, dores de cabeça, musculares e articulares, calafrios, febre e falta de ar.

No entanto, a doença não apresenta sintomas específicos que permitam um diagnóstico imediato porque os indícios que normalmente se observam são comuns a muitas doenças do aparelho respiratório e de outros sistemas.

A sua gravidade depende do agente responsável, da idade, do estado de saúde da pessoa antes do aparecimento da doença e de uma terapêutica adequada. Um diagnóstico precoce e um tratamento correto são a chave para o sucesso.

 Tratamento

 Em 80% dos casos o tratamento não obriga a internamento, podendo este ser feito em ambulatório. No entanto, se se verificar outro tipo de problemas de saúde ou doenças que possam fazer agravar a pneumonia, é aconselhável que se recorra ao internamento, até porque entre as primeiras 48h a 72h a evolução da infeção não decorre de forma favorável.

O tratamento baseia-se em antibióticos, quase sempre por via oral, e outras medidas de apoio conforme necessário (medicamentos para a febre, tosse, entre outros). Nas pneumonias virais, podem estar indicados medicamentos antivirais.

 Prevenção

 Para prevenir a pneumonia, as vacinas da pneumonia e da gripe evitam formas mais agressivas da doença e devem ser administradas àqueles que fazem parte dos grupo de risco, tais como: pessoas com idade superior a 65 anos de idade, pessoas que vivam em lares ou outras instituições, doentes pulmonares e doentes crónicos, indivíduos sujeitos a tratamentos que tornam as defesas mais fracas, grávidas, profissionais de saúde e pessoas que usualmente convivam com outras que estão ou já estiveram infetadas com a doença.

Outras medidas eficazes para prevenir a pneumonia incluem deixar de fumar e diminuir o consumo de álcool. Uma nutrição adequada e a prática de exercício físico também estimulam as defesas naturais e ajudam a prevenir o desenvolvimento de pneumonia. O controlo da poluição e uma boa higiene, sobretudo em casas com famílias numerosas, são outras medidas importantes.

Fisioterapia

A Clínica do Movimento dispõe do serviço de Fisioterapia Respiratória que inclui técnicas com o objetivo de melhorar/controlar os sintomas da doença, remoção das secreções/expetoração, melhorar as trocas gasosas, aumentar a capacidade para o exercício e atividades de vida diária e prevenir as infeções respiratórias.

Fontes:

  • Sociedade Portuguesa de Pneumologia
  • Médis
  • CUF
  • Lusíadas

Autora : Autora : Joana Coutinho – Fisioterapeuta Lic., Pós-graduada em Fisioterapia Neurológica

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