Com a fisioterapia pretende-se uma total recuperação funcional do joelho operado, que permita a reeducação global do paciente e a retoma do seu nível de atividade e funcionalidade após realização de artroplastia do joelho.

A artroplastia total do joelho, ou seja, a cirurgia que substitui esta articulação por uma prótese do joelho, é a solução final para muitos pacientes e tem uma taxa de sucesso elevada.

A Fisioterapia pode ser iniciada antes da cirurgia?

Se assim o entender, o Ortopedista envia o paciente para observação e orientação pelo médico da Especialidade de Medicina Física e de Reabilitação (Fisiatra), para que o doente inicie a Fisioterapia adequada ainda antes da cirurgia. O início do programa de reabilitação na fase pré-operatória é o ideal em muitos dos pacientes com gonartrose.

Para estabelecimento do programa de Fisioterapia é muito importante que o médico Fisiatra conheça todas as doenças do paciente e avalie possíveis patologias a nível de outras articulações, além da artrose no joelho a que vai ser operado. É necessário objetivar as amplitudes articulares deste joelho, o tipo e grau das suas deformidades e também o estado dos músculos da coxa (sobretudo do quadricípete). Devem ainda ser avaliados os défices de funcionalidade do doente, como por exemplo se necessita de canadianas para deambular ou se necessita de apoio para se levantar da cadeira. O outro joelho e as duas ancas são também focos de especial atenção, bem como o padrão de marcha do paciente.

Objetivos da fisioterapia

A fisioterapia pretende realizar a total recuperação da função do joelho operado,  permitindo a reeducação global do paciente e a retoma do seu nível de atividade e funcionalidade.

É frequentemente necessário efetuar um trabalho de fortalecimento muscular dos dois membros superiores e do membro inferior não operado, para que as atividades de vida diária sejam efetuadas com maior segurança e se possa progredir de uma forma mais rápida no programa de reabilitação.
O trabalho de reabilitação mais específico ao nível do membro inferior operado inclui:

  • controlo da dor e do edema;
  • ganho de amplitudes articulares do joelho (extensão e flexão);
  • ganho de força muscular global, sobretudo a nível do quadricípete;
  • ganho de flexibilidade;
  • ganho de equilíbrio;
  • re-aprendizagem do correto padrão de marcha.

A flexão do joelho para que de forma confortável o paciente se consiga sentar numa cadeira deverá ser de cerca de 90º e para se levantar da cadeira deverá ser de cerca de 105º. Leia o restante artigo através do link.

Artigo escrito pela nossa Fisiatra Drª Helena Fernandes, especialista em Medicina Desportiva.

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Fisioterapia e a enxaqueca
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